KrameriKast Klassic? Sim! Temos Bob Dylan!
[link—standalone]Sim, é verdade... temos um novo KrameriKast Klassic!
A dificuldade de gravar esses episódios é que eles são difíceis de planejar, preparar, etc.. Ao menos os Doki-Doki são de pouca pesquisa, apenas leio o livro e comento, mas os KKKs...

Sendo bem direto, Blood on the Tracks é um álbum extremamente, extremamente delicado. É emocionalmente exaustivo, todo mundo sabe a história da separação. Mas eu quis entrar em detalhes: o que faz Blood on the Tracks ter uma atmosfera tão diferentes? Por que o estilo literário do Dylan mudou tanto? Como ele mudou?
Mas o mais importante é: por que ele ecoa tanto emocionalmente com as pessoas?
Nos últimos tempos, se tornou fashion colocar BotT como o melhor álbum do Dylan. A Rolling Stone, que nos anos 2000 já tinha colocado Highway 61 Revisited e Blonde on Blonde dentre os 10 melhores álbuns de rock da história, em 2020 decidiu que este era o melhor álbum do Dylan, e o único a entrar neste decágono. Não que lista da Rolling Stone signifique alguma coisa, mas a diferença de tom desses dois para o BotT é gritante, e só isso explica para mim essa mudança cultural ao se revisitar obras tão solidificadas pelo tempo.
Eu não considero Blood on the Tracks o melhor álbum do Dylan, ao meu ver estando claramente atrás dos outros dois citados. Mas apesar de o achar superestimado dentro do catálogo do homem, é inquestionavelmente subestimado em contextos gerais. Se as pessoas parassem para ouvir e levar a sério o conteúdo desse álbum, sairiam transformadas.
E é um pouco disso que tento explicar nesse episódio.
Como disse antes, estou bem orgulhoso do resultado, e para ser sincero veio como uma lavagem de alma para mim, uma experiência extremamente pessoal e profunda.
Espero que gostem desse episódio, tinha tempo que não fazia algo que me agradasse tanto.