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Clubinho Doki Doki

Doki-Doki 1 - Odiamos Democracia

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Inauguração do clubinho! Seremos amigos e nada de ruim vai acontecer! Temos garotinhas de anime e músicas fofinhas para todos.

A maioria dos livros que li esse ano foram de alguma forma relacionados a política, o que é meio triste por um lado, mas não lembro de ter lido nenhum livro realmente ruim. Não deu para discutir todos no episódio, mas foquei nos que davam pra falar mais coisa.

Vários dos lidos eram críticas razoáveis a democracia, eu estou tentando mostrar que ser antidemocrático não quer dizer que você é um fascista esquisitão Nova Resistência, e acho que existem vários ângulos para criticar algo que, no fundo, é só um sistema político e é cheio de problemas. Desmistificar a democracia é absolutamente necessário.

Mas teve muita coisa de vários temas diferentes. Sem mais delongas, os livros discutidos no primeiro episódio foram:

* Eu li esses livros em inglês, não sei comentar as traduções linkadas em específico.

Eu não fazia ideia de que livros eram tão caros.

Ainda não sei quais serão os livros a serem lidos em 2024 nem quando será o próximo Doki Doki!

dom, 24 dez 2023 22:18:28 -0300

Doki-Doki!

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Em 2023 eu mais livros do que no ano passado, e estou pensando em fazer um episódio no começo do ano que vem inspirado no Book Review do PewDiePie.

Eu sei que já falei de O Idiota e volta e meia nos episódios do KrameriCast menciono algo que estou lendo, mas nem sempre é o caso e acho que valha a pena. Não acho provável que alguém vá ligar para esse tipo de coisa, mas talvez eu crie uma página aqui no site para falar brevemente dos livros que li. Vou tentar ser mais detalhado quando gravar um KrameriCast, claro.

Em particular, gostei de ter lido esse ano Based on a True Story, O Idiota, The White Pill, The New Right e The Myth of the Rational Voter. Tenho bastante coisa a falar sobre vários livros, então não sei se o episódio do podcast vai fazer jus de fato a eles. Espero que seja só no mínimo algo para intrigar curiosidade sobre alguma das leituras ou, no pior dos casos, servir de comparação para quando daqui a alguns anos eu quiser reler algum deles.

Falando em releitura, estou com alguma vontade de reler alguns que peguei para dar uma folheada quando era adolescente. Isso talvez inclua alguns livros cringe, mas vamos ver. E, de qualquer forma, por causa de um objetivo pessoal, já tenho lista de alguns que quero tentar ler ano que vem. É quase certo que haja mudança, mas por enquanto alguns deles são, em nenhuma ordem:

Apesar de ter vários livros sobre política aí no meio, peço que observem que não é só coisa ultradireita mgtow incel redpill megablasterliberal. Mário Ferreira dos Santos dispensa comentários, tem coisa literalmente antipsiquiátrica, Ellwood me parece ter escolhido as três figuras que comenta no livro precisamente por, de alguma forma, eles terem sido associados com extrema-direita, etc..

Vamos ver daqui a um ano quantos desses eu realmente vou ter lido.

sáb, 23 dez 2023 10:32:40 -0300

Esse episódio foi bom

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Não falei dos últimos episódios aqui primeiro por esquecer e depois por preguiça. Queria ver também se muda algo postar aqui — quantos de vocês realmente usam RSS?

De qualquer forma, eu gravei um episódio anteontem, postei ontem e estou incrivelmente satisfeito com o resultado. O Botafogo simplesmente é o melhor clube do Brasil, e nem falo isso por nossa misoginia, mas as histórias que estamos tendo esse ano são simplesmente fantásticas. Eu abro o episódio falando de algo edificante como o Glorioso, mas outro tema me chamou atenção essa semana.

idubbbz, Ian Washburn (ou Ian Johma), está em um arco de humilhação pública. Eu nunca imaginaria que uma das figuras que mais influenciou meu humor, ao menos dentre as figuras internetescas, teria um fim tão grotesco. Ele foi entrevistado em um canal do Youtube extremamente branco, apesar da host teoricamente ser negra, e falou absolutamente tudo de básico que se espera. Breadtube, para quem não conhece, é o subgênero do Youtube de esquerdistas. Talvez valha a pena falar da influência do breadtube no Brasil em outro episódio, mas não hoje.

Dessa vez eu quis falar sobre a o quão americanizada é a esquerda brasileira. Assistindo uma live do grande Texugo, entrei em contato com uma figura chamada Carolline Sardá, que teve a audácia de comparar uma piada do Léo Lins ao período Jim Crow na América. Ouvintes do KrameriCast são pessoas de cultura, então eu sei que aqui entendemos o valor de Dan Emmett, blackface e toda a cultura negra americana. Mas para Sardá, negros são pobres coitados.

Esse nível de basiquice é repetida no tema principal desse episódio, que foi o debate entre Sardá e Selva Varotto, do canal Espectro Cinza, que aparentemente estava usando uma máscara de oni/hanya. E é claro, Sardá repetiu absolutamente todos os pontos padrão desse tipo de gente e foi incrivelmente pedante e, dare I say it, imperialista. Não basta ela ter repetido pontos de filosofia alemã e branca, ainda quis se colocar na posição de multiculturalista. Exatamente o esperado de feministas — puxa-saco de filosofia europeia.

Eu poderia continuar, mas acho que expliquei bem a maior parte dos meus problemas no episódio.

Pelo menos meus problemas até a parte em que assisti. Agora vou continuar a história que não está no podcast.

No dia seguinte, terminei de ouvir esse negócio e, meu Deus, quando começaram o assunto de estupro foi um completo shitshow. A Sardá é um caso perfeito de ter uma ideologia e projetar ela em absolutamente todo tipo de fenômeno, falei sobre isso no podcast, e isso fica cristalino com o fato de ela supostamente não conseguir falar seriamente de um evento emocional da própria vida sem perder as estribeiras ao memo tempo em que define sua visão acerca de um assunto nessa experiência. Mas não, lágrimas femininas servem para ganhar discussões. A pessoa quer usar o próprio trauma de argumento ao mesmo tempo que mostra que não processou o negócio e não enfrentou ele completamente. Isso é absurdo.

Claro, os que me conhecem sabem que não descarto emoções e acho elas absolutamente importantes (já diria o Tchê Tchê, é sobre o sentimento), mas é necessário compreender suas próprias emoções. Por que você tem ansiedade ao tocar em tal assunto? Você realmente superou o trauma se não consegue sequer tocar nele sem espernear?

— Calma, Sardá, você precisa ter calma.
Não dá para ter calma quando se está falando de estupro.

Assim é fácil.

Feministas supostamente conseguiram — eu ouvi uma suposta história de estupro contada pela suposta vítima e, supostamente, acabei caindo em gargalhadas.

Supostamente.

Não consigo confiar em quem usa o próprio trauma como bandeira política. Conseguem usar tragédias como algo tão vazio quanto argumentos (ruins, ainda por cima) em discussões abstratas que de nada valem na vida real. Que tragédia, essa discussão inteira.

Infelizmente preciso de novo ratificar isso num texto assim porque acho que não entendem: eu não sou contra sentimentos. Eu respeitaria o argumento de qualquer feminista se fosse consistente, o que não quer dizer que os sentimentos precisam ser coerentes entre si. É perfeitamente normal se ter emoções conflitantes, mas argumentar, especialmente de maneira política, querendo interferir na vida de outros em larga escala, se baseando em coisas assim é um perigo absurdo.

E mais, eu gravei um KrameriCast sobre o livro O Idiota, de Dostoiévski, e a ideia original era ter o protagonista como um estuprador, uma pessoa horrível, que eventualmente teria uma redenção em Deus. Eu sou contra pena capital, especialmente vinda do governo — acredito que até Foucault consegue argumentar bem sobre essas coisas — mas, apesar de acreditar em punição dura, acredito também em redenção. Algumas das minhas histórias favoritas são exatamente sobre redenção. Tenho um superego incrivelmente maligno e que sempre me diz para me redimir de cada erro meu, por mais que, somados, não sejam tão graves quanto outros que perdôo ou tento perdoar. A tortura da mente é algo inevitável, mais inevitável do que uma prisão. Por mais que eu tenha impressão de que sinto isso mais do que os outros, acho impossível que alguém não sinta, e essa é a única punição da qual ninguém pode escapar. Rogójin quase enlouqueceu, inclusive. A banalização de estupro que esses discursos fazem diminuem o peso de uma acusação (inclusive a Sardá queria que policiais simplesmente aceitassem a dela em vez de fazer perguntas e investigar) piora tudo para todos.

Valorizo muito o perdão e o perdão próprio ("be at peace, baby, and be gone", já diria nossa cantora-compositora favorita, amada ou odiada, sem meio termo, por feministas), mas simplesmente não existe isso no mundo feminista e, em larga escala, no mundo esquerdista no geral: basta ver cancelamentos eternos onde a única coisa que deixaria as massas satisfeitas é ver a pessoa passando fome, sem emprego, ou sendo atendente do McDonald's. Talvez a pena capital seja mais piedosa do que esse tratamento.

Como eu disse antes, não sou contra o sentimento guiar a maneira de viver. Inclusive, acho que deve ser a única maneira certa de se viver, mas isso depende de um contato real e confronto com sentimentos negativos, que a Sardá parece não ter tido. Parece-me incrivelmente irresponsável da parte dela atender pessoas que passam por traumas sexuais quando ela mesma não superou o próprio e, mais do que isso, guiou sua vida em trauma. Tragédias acontecem, é parte da vida, mas o mundo não se define a partir delas. A vida de todas as pessoas tem inúmeras tragédias se realmente formos procurar cuidadosamente com uma lupa, a vida de todos é um universo próprio.

Viva de acordo com suas experiências e seus sentimentos, mas não projete no mundo essas coisas. A condição humana é trágica em si, não precisa de ninguém tacando sal nas feridas abertas pela existência. Tente alinhar seus princípios às suas ações e busque alimentar a alma.

Não faça como Carolline Sardá.

And I did not mean to shout, just drive,
Just get us out, dead or alive
The road's too longo to mention —
Lord, it's something to see —
Laid down by the Good Intentions Paving Company,
All the way to the thing we've been playing at, darling
I can see that you're wearing your staying-hat, darling,
And for the time being, all is well
Won't you love me a spell?
This blindness, beyond all conceiving,
While behind us, the road is leaving,
And leaving and falling back
Like a rope gone slack.

— "Good Intentions Paving Company", Joanna Newsom

qui, 20 jul 2023 09:20:27 -0300

BANIDO DO TWITTER

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Aparentemente, apesar do Elon Musk, não é possível fazer piada ainda. Postei uma foto minha segurando uma pistola (real) contra minha têmpora, dizendo que ia me matar e depois matar o Daronco, mas tomei ban.

Obviamente quis fazer o negócio mais realista o possível, mas a pistola estava descarregada, não estava nem com o cartucho dentro.

Acabou uma era, boys. Acho que não voltarei por um tempo para focar em outras coisas. Tenho que ler uns livros para um projeto, às vezes é Deus mandando um sinal para mim.

Fiquem com Deus, mesmo sem meus tweets marginalmente engraçados. Acho que só sentirei falta da thread de bons tweets.

RIP.

seg, 26 jun 2023 07:50:26 -0300

Eu converso com uma mulher

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Neste episódio eu falo... com uma mulher! Sim, insano, eu sei!

A Meleka (nome fictício) é amiga minha há quase 10 anos, ouvinte casual do KrameriCast, que chamei para conversarmos sobre dois filmes que assistimos recentemente. Um foi uma comédia romântica chamada Garden State, de 2004, e o outro... foi Marriage Story, de 2019. Dois filmes opostos em temática — um sai do abismo, outro desce ao abismo.

Nós dissecamos e comentamos sobre dois filmes e falamos sobre sentimentos e sensações. Como um homem saudável lida com tristeza? Respondo essa pergunta no podcast.

Eu tinha a ideia de, no fim, ligar os dois filmes com o Bob Dylan porque a temática permite muito. A Meleka é fascinada com a figura da Sara Dylan, e acredito que os dois filmes podem ser colocados em paralelo com diferentes fases do casamento dela, mas a esse ponto eu já estava cansado. Foram quase 3 horas de episódio!

Gostei bastante do episódio e gostaria de tê-la mais vezes como convidada.

ter, 13 jun 2023 20:47:34 -0300

Episódio mais amaldiçoado do Kramericast

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Esse episódio foi absolutamente amaldiçoado, mas não foi ruim. Ele foi gravado ontem, domingo 14 de maio, dia das mães, dia de jogo do Botafogo, e eu estava falando sobre a partida.

Aconteceu tudo errado. E o pior, é tudo culpa minha.

Eu falo sobre... tentar ler o futuro. E esse foi meu pecado.

Além de falar sobre adivinhação e outras coisas que não deveria ter feito, comento sobre a decadência de um dos meus heróis de internet, iDubbbz, imaginar quão ruins as coisas podem ser, União Soviética, histórias (tanto ficções quanto vida real) perderem o impacto que elas deveriam ter... e guerra.

Guerra na verdade nem tanto, foi mais no contexto da conversa de dois comediantes, Ari Shaffir e Dave Smith, judeus do bem.

Por mais que eu tenha causado incontáveis desgraças pelos assuntos que expliquei no episódio, acho que ele foi bom. Vale a pena.

seg, 15 mai 2023 13:58:57 -0300

BLACKFACE!

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Quando eu falo no título do episódio que estamos Em Defesa da Blackface, não é brincadeira.

Mas não foi o único tema, teve muito mais.

Eu falo do Mark Twain Prize, que homenageia comediantes americanos, até porque comédia de stand-up é uma arte principalmente americana, e como esse tipo de premiação, apesar de ser uma espécie de Oscar da comédia, ainda não é visto como algo sério por quem está fora da comédia. Existe um cinismo cultural insuportável, coisas só importam se são dramas, se são tragédias.

Como exemplo de comédia que não abre mão do humor para também falar de coisas mais sérias, dou de exemplo o Neal Brennan.

Falo sobre NPCs na vida real, sobre como pessoas inteligentes podem ser NPCs ao se tratar de coisas que elas não entendem (geralmente política mas não somente) e sobre BUGMEN.

Disclaimer: a defesa de blackface é não-irônica, muito interessante e começa em 41:10, tendo um pouco disso uma contextualização: a entrevista do Danilo Gentili no À Deriva.

ter, 04 abr 2023 11:40:34 -0300

O Idiota - Fiódor Dostoiévski

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Eu não ia postar esse episódio hoje, mas aconteceu algo que eu não esperava.

A Débora, ou Debs, do Olá Bocós postou um vídeo sobre O Idiota exatamente um dia antes de quando eu planejava postar isso aqui. Eu já estava falando sobre o livro no Twitter tinha tempo, e me dei ao luxo de fazer um tweet dizendo que ela tinha arrancado meus 4 ouvintes e estava me plagiando. E ela me respondeu, o que foi maravilhoso da parte dela.

Como ela queria ouvir, tratei de postar logo, afinal não é uma oportunidade que aparece sempre, então estamos aqui: postando um episódio imediatamente antes do jogo do Botafogo. Quase herético.

Agora, sobre o livro em si:

Pra variar, mais uma leitura incrivelmente edificante e dolorosa do Dostoiévski. Eu acredito que todos deveriam ser mais como o protagonista, o Idiota, príncipe Mishkin. Ele não é exatamente idiota, mas puro, puro como uma criança. O livro tem várias ideias extremamente complexas, masdentre as que discuti, temos: uma ansiedade social muito grande associada às infinitas festas da nobreza (viver em sociedade é algo duro demais nesse livro, como na vida real), a importância das coisas terem um apelo estético, niilismo (como sempre com o Dostô), pena de morte, Catolicismo...

Eu fiquei realmente orgulhoso desse episódio, e se alguma pessoa aparecer por aqui por causa dele espero dar pelo menos uma boa impressão.

Na descrição do vídeo no Odysee e nas plataformas de podcast eu citei todas as minhas referências preparando esse episódio, mas deixo aqui uma que trata de um tema que eu falei bastante, mas não usei de fato na pesquisa: um texto sobre a santidade das crianças em O Idiota.

Espero que gostem.

Talvez eu esteja sendo ingênuo demais, ou infantil demais em esperar que aconteça algum boom no podcast por causa dessa possível (ainda nem aconteceu) divulgação, mas não quer dizer que eu não deva fazer o negócio direito, especialmente se tratando de uma obra tão profunda quanto essa. E acredito que esse espírito está na obra também.

Se quiserem ver o vídeo da Debs também, afinal claramente ela precisa da minha divulgação:

qui, 02 mar 2023 19:50:43 -0300

A direita sempre vai perder

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O título é real, e tem a ver com eles serem burros demais.

Mas o episódio não foi só sobre isso.

Eu comecei falando sobre a WHITE PILL e o GÊNIO Michael Malice. As coisas podem sempre ser piores do que estão, e talvez seja muito pessimismo achar que elas só pioram. Já deram uma olhada na história, sei lá, da União Soviética?

Ler histórias deprimentes, especialmente se reais (e falo isso no sentido mais generoso o possível, da mesma maneira como Crime e Castigo é real), é um antídoto maravilhoso para a dor da existência. Peguem para ler Dostoiévski ou Frankl e vão entender do que falo.

Agora, sobre o tema do título, eu tive uma realização vendo uma entrevista do dr. Darren Staloff sobre arte revolucionária e a estagnação das artes hoje em dia. A direita é muito burra porque ela não sabe do que está falando ou o que está fazendo! O que a direita chama de arte é puramente um fetiche estético!

Consegui conectar ideias do Zappa, claro, como sempre, do Staloff e do Mircea Eliade, o historiador de religiões mais pica que já existiu. Gostei muito dessa ideia e talvez eu elabore ela eventualmente.

Gostei desse episódio e recebi feedback positivo dele vindo do César Avolio, do Quinau, que já sugeri outras vezes. Isso quer dizer que deve estar bom!

Vocês interagem com mendigos? Falei disso também.

sáb, 28 jan 2023 19:49:29 -0300

Qual o limite do homem para ir atrás de uma mulher?

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Você pegaria uma criminosa?

Essa é a pergunta que tento responder junto com o amigo Red, primeiro convidado repetido do KrameriCast, aparecendo pela primeira vez desde o episódio 19, que já tem um ano e meio.

O tema desse episódio era mulher maluca, todos nós conhecemos esse espécime capaz de atear fogo em suas roupas, seus móveis e até mesmo seu corpo. Alguns episódios atrás, mencionei as Mugshawtys, e assim que falei daquilo sabia que o tema poderia render muito mais caso eu chamasse o amigo em questão para conversar sobre o assunto.

De fato, temos histórias sobre uma menina correndo atrás do namorado e da própria mãe com uma foice, egirls, góticas em todos os sabores de ausência paterna.

Na análise das nossas queridas mugshawtys, só fica uma pergunta: você iria em uma sequestradora de segundo grau, agressora que já tinha mantido um rapaz em "cativeiro" após praticar-lhe felação e, ainda, o esfaqueou? Tenho certeza que é só um mal-entendido!

Foda-se, eu iria.

qui, 19 jan 2023 14:00:41 -0300

Post Mais Importante do Blog

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Post Mais Importante do Blog

Vou até colocar isso na página principal do site.

O título não é exagero, eu vou falar sério agora. Sexta-feira aconteceu algo bizarro com o Monark, que eu curiosamente tinha ouvido não muito tempo antes, até cheguei a falar sobre no último KrameriCast. Na verdade, não foi só com o Monark, mas o Monark é o mais "gente como a gente" dentre os afetados: todos tiveram suas contas do Twitter censuradas no Brasil, além de terem canais derrubados ou afetados em plataformas como o Twitter e do Telegram e tal.

Existe na cabeça dos usuários do Telegram uma ideia de que é uma plataforma segura, privada ou coisa do tipo. Isso nunca foi o caso. O Telegram é uma plataforma marginalmente melhor que o WhatsApp em termos de segurança porque, apesar de não ter E2EE (end-to-end encryption) tem servidores descentralizados e um dono infinitamente menos autoritário que o Mark Zuckerberg. Em termos práticos, também, é inquestionavelmente superior ao WhatsApp, tendo muito mais bots, muito mais funções e informação. Mas isso nunca quis dizer que era uma plataforma segura. A única coisa segura do Telegram é, na verdade, o chat secreto. Esse sim, é impossível de ser visto fora do celular, não dá para sequer tirar print, encaminhar mensagens ou o que for. Mas como eu disse, as mensagens comuns nem E2EE têm.

Nos últimos anos foi criada uma narrativa absurda sobre o Telegram envolvendo política, supostamente a "extrema"-"direita" se localizava em grupos de ódio todos no Telegram. Figuras como Allan do Santos foram perseguidas e, na cabeça do público, o Telegram era uma espécie de refúgio de extremistas políticos.

Claro, nós sabemos que não eram extremistas de forma alguma, como já citei várias vezes no KrameriCast os verdadeiros extremistas conseguem se dar bem entre si, ou pelo menos muito melhor do que as pessoas com visão de lugar comum. Mas não importa muito a realidade, o que importa é que a percepção das pessoas é essa, e culminou com pessoas relativamente comuns, como o Monark, sendo censuradas no Brasil.

No caso do Telegram, foi uma censura particularmente ruim. Para ter uma conta no Telegram, ao menos até agora, é necessário ter um número de celular associado à conta — lembrem-se que, no Brasil, isso significa ter seu CPF associado à conta — e isso permitiu que todos os números com código brasileiro não pudessem receber mensagens do canal do Monark, e de qualquer outro que tenha sido censurado também. Ao contrário do Twitter, não é uma questão meramente de usar VPN para driblar a censura, porque a nãos er que você tneha comprado uma linha gringa, ainda tem um "+55" no começo do seu número de celular.

Eu vivo reclamando, ironicamente, das pessoas que reclamam de tudo, e esse post é mais ou menos nessa linha: em vez de reclamar de tudo, faça alguma coisa. Repito,

Em vez de reclamar, faça alguma coisa!

Já existem alternativas ao Telegram e eu ensinei como começar a usá-las. Eu sei que essencialmente em todo episódio do KrameriCast eu digo para entrarem no canal do Telegram e tal, mas vou começar a dizer: vão para o espaço do Matrix.

Matrix é, essencialmente, um protocolo de troca de mensagens que pode rodar em diferentes aplicativos. Não tem nada centralizado, impedindo que pessoas como o excelentíssimo sr. juiz Alexandre, o Glande, possam fazer qualquer coisa para censurar. Não tem como ter censura por causa da tecnologia utilizada. Em suma, Matrix é um projeto FOSS (free and open-source software), isto é, tem código aberto e está seguindo os princípios de software livre, que funciona de maneira similar ao Git. Não existem servidores centralizados, as pessoas que quiserem podem fazer seus próprios ou escolher dos disponíveis para todos. Além disso, tem bridges para fazer comunicação com outros aplicativos de comunicação como Discord e Telegram. Além disso, por ser FOSS, ainda existem diferentes clients (aplicativos, essencialmente) para serem usados, que tem estética completamente diferentes. Vários dos clients estão disponíveis também no site do Matrix, na página para clients. É tão versátil que existe client do Matrix até para Nintendo 3DS!

Sei que pode soar extremamente complicado, mas não é.

Para o usuário médio, a experiência de usar Matrix é a mesma de usar um Telegram ou Discord da vida: você baixa um aplicativo, cria uma conta e começa a usar livremente. Fim. Não tem mais segredo.

Eu fiz um vídeo falando sobre isso, vou deixar ele aqui. Sei que não é comum eu falar sério sobre as coisas, e mesmo nesse vídeo meu tom não foi exatamente sério, mas algo mais direto ao ponto, mas o que estou tentando dizer é: se protejam. Sigo não sendo particularmente otimista com o futuro do "país", na medida que essa coisa abstrata influencia todos nós, mas não quer dizer que não tenhamos algum dever de fazermos o melhor para nos protegermos de tudo, ou então vamos nos tornar só mais alguém reclamando de maneira vazia e improdutiva.

Enfim, fica aqui o vídeo:

dom, 15 jan 2023 10:59:04 -0300